Os anos da adolescência são difíceis para todos, pois corresponde a um período critico no desenvolvimento e estabilização da personalidade. É nesta fase que os colegas adoram procurar nos outros características especiais para poderem fazer piadas de mau gosto, mas isto só acontece porque gozar com os outros, pode ser, a única forma que encontraram para se sentirem melhor com eles próprios.
Infelizmente, a gaguez é uma das características mais exploradas a este nível. Por vezes, quando gozam com a gaguez, não é por crueldade, mas sim porque não a compreendem e acabam por se sentirem desconfortáveis e não saber como agir.
A gaguez na adolescência apresenta como factores perpetuantes:
1) problemas neurológicos não resolvidos;
2) défice linguístico elevado;
3) sobreposição da gaguez ao desenvolvimento do "eu".
Os adolescentes por vezes consideram a gaguez como uma consequência directa das suas alterações comunícacionais. Contudo, a gaguez nos adolescentes percebe-se como um dos casos mais difíceis relativamente ao tratamento, devido à baixa motivação e participação durante o processo terapêutico.
A consciência das dificuldades ao falar promove o desenvolvimento de sentimentos negativos. A gaguez é determinada pelo modo especifico que o gago assume o seu papel de falante em relação ao ouvinte. Uma pessoa que gagueja tende a falar menos, e isso afecta quantitativa e qualitativamente nos objectivos atingidos.
No ambiente escolar a pessoa que gagueja tende a participar menos nas aulas e não gosta de leitura em voz alta e provas orais. Já no ambiente familiar, a pessoa que gagueja pode participar pouco nas decisões familiares e discutir menos sobre situações que lhe desagradem,existindo assim uma baixa auto-estima.
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